segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Sobre gravidez na adolescência

Na Adolescência, passamos por uma série de mudanças psicológicas e biológicas que se confrontam com os padrões sociais e sexuais da sociedade contemporânea na qual vivemos. Isso acaba trazendo à tona a vulnerabilidade e a fragilidade do nosso trato com determinadas questões da Saúde Pública, como por exemplo a gravidez precoce.

Atualmente, os métodos de contracepção, ou seja, as maneiras que podem evitar uma gestação indesejada são muito divulgados. Sendo assim, por que tantas adolescentes continuam engravidando tão cedo? Conforme as pesquisas já mostraram, acesso à informação e a baixa renda não são fatores suficientes para explicar esses números que vêem aumentando cada vez mais. Isso significa dizer que não são apenas as meninas e os meninos de baixa renda baixa e escolaridade que se tornam pais antes de se tornarem adultos.

Essa é uma questão provocada por diversas causas e que, portanto, requer soluções integradas de vários setores da sociedade. Além desses fatores, torna-se necessária a revisão dos valores éticos e morais da sociedade. As ideias distorcidas e tabus sobre sexo e sexualidade, que ainda são alimentados, precisam ser combatidos. O enfoque de muitas das campanhas públicas, que só incentivam o sexo e tratam a sexualidade como diversão, precisam ser modificados o quanto antes, pois não enfatizam as consequências do prazer pelo prazer.

Somente com ações preventivas integradas é que se pode evitar esse “problema” na vida dos jovens. Isso inclui trabalhar o bom diálogo e a relação de confiança com os pais, a participação da escola e a adequação dos serviços de saúde no atendimento ao adolescente.

Ana Paula de Souza Santos, estudante do 9º período de Enfermagem na UFRN

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